segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
   




Uma roda de amigos conversando sobre seus primeiros romances. Podemos observar que há aqueles mais controlados, que não choram quando são traídos, apenas viram as costas e seguem a vida. Outros que parecem terem histórias de filmes, só que ao invés de acabar no beijo do casal, se prolonga um pouco até o término que não mostram na televisão, visto que de tragédia já basta a vida de quem está sentado no sofá com um pote enorme de sorvete assistindo.

    Bem, eu, me atrevo a falar, sempre. Grande erro. Não sei me expressar falando de meus sentimentos, até de mim mesmo, saio sempre como a boboca, provavelmente eu seja, mas não quero transmitir isso. 

   Acontece que quando o assunto é o coração, sentimentos e principalmente o controle sobre tudo isso, eu sou um horror da natureza. É como se meu lado sentimental estivesse em uma caixinha no subsolo da minha personalidade, bem escondida em meio ao meu grande hábito de rotular e querer organizar tudo. E é por isso que eu sofro mais. 

   Sim, você está se perguntando, como pode uma pessoa totalmente racional sofrer de problemas sentimentais? Bem, por não conhece-los, sofro. Sofro até de falar sobre eles. Pelo menos tento, soa tudo esquisito. Acredito que não tentarei mais falar sobre sentimentos, escrever é bem melhor. 

   Preciso no entanto fazer meu eu entender que eu sou uma negação nisso e incorporar quem eu sou de verdade. Esquecer as comédias românticas e ver meus suspenses que eu ganho mais. Livros de romance? Aí é outra história. Eu sinto escrevendo, sinto lendo. Pode ser que meus sentimentos sejam mudos e só transpareçam através das palavras registradas na fonte Arial
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Me desculpem os leitores se este se tornar um texto raivoso, mas se virar, com certeza estarei expressando com perfeição o que eu sinto por ele. 

Além de roubar minha dignidade, minha fome e meus pensamentos leves, o babaca ainda leva o primeiro texto do meu blog. 

Faz tempo já. Uns seis meses, por aí. Terminamos. Não deve ser científico mas tentarei descrever o que eu senti. 

Por vezes desespero, era quase inevitável mandar uma mensagem ou visitar uma rede social dele. Outras, olhava para o relógio e me vinha a mente que semanas atrás ele esteve ali naquele horário e estávamos bem. Sentia constantemente um frio na barriga, um vazio no peito e digo, por mais patético que pareça a ti leitor, que senti dor. Era como se, assim, friamente, ele tivesse aberto uma ferida em mim, bagunçado minha mente, me deixado presa as suas lembranças à caminhar sozinha por aí. Volta e meia, ele aparecia, para me machucar mais ainda. 

Não era o namoro perfeito, pelo contrário. Posso discorrer as mentiras que ele me contava, a esperança que plantava em mim e o quão idiota eu fui em não acreditar, mas ainda sim insistir em algo que não era pra ser. Infelizmente, era amor. E eu e você sabemos que no mundo há males que fogem de nós mesmos o controle e um namoro rompido ao ver de quem passa pode parecer besteira. Mas há no mundo, pessoa alguma que não sofra por amor? Se há, caro leitor, desconheço. 

À minha dor, descrevo como digna. Ainda dói, e saio por aí achando que vou esbarrar com ele, crio situações e conversas que nunca teremos. Todas em que eu estou maravilhosa e feliz, desfrutando da vida enquanto ele pensa "ah, olha a deusa que eu perdi". 

Talvez, ele tenha aparecido antes do cara ideal para eu valorizar quando o verddeiro amor aparecer. Como vê, por mais infeliz que eu tenha me mostrado neste único relacionamento que me tocou é que eu ainda acredito no amor. E digo mais, foi Deus me preparando para alguém que pegará pela minha mão e caminhará comigo no caminho que Ele construiu. Eu precisei passar por isso.